Dados preliminares do Censo Agropecuário 2017, divulgados nesta quinta-feira (26), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em Salvador, apontam que a Bahia continua sendo o estado brasileiro que abriga o maior número de estabelecimentos rurais, contabilizando mais de 762 mil estabelecimentos. O estudo também revela um crescimento nas cadeias produtivas da fruticultura e caprinocultura da Bahia. A apresentação aconteceu no auditório do IBGE, no bairro de Nazaré, em Salvador. De acordo com o coordenador operacional do Censo na Bahia, André Urpia, entende-se como estabelecimento rural a propriedade que destina toda produção, ou parte dela, para comercialização, ou considera a produção importante para a subsistência. “Apesar de os dados ainda não terem sido analisados por completo, os resultados preliminares já oferecem aos órgãos ligados à agricultura horizontes de atuação e perfil de municípios. O material não está em sua totalidade, mas já disponibiliza informações de apoio”, sinalizou. A coleta de informações ocorreu no período de outubro de 2016 a fevereiro de 2017. Nesta edição, a produção de palma forrageira foi incluída no quesito de Lavouras Temporárias, onde constam milho, feijão, algodão, mandioca e outros produtos. Segundo o estudo, a Bahia produziu 1,5 mil toneladas de palma, alimento que contribui para a segurança alimentar do rebanho e dinamiza a pecuária em propriedades de agricultores familiares. Sobre o efetivo de animais na Bahia, o rebanho de caprinos passou de 2.139.749 (Censo 2006) para 2.383 603 (dados preliminares 2017). O de ovinos era 2.672 868 (Censo 2006) e agora está em 2.860 432. Quanto à cadeia da avicultura, o número passou de 20.961 (Censo 2006) para 31.133 (em 2017). Os dados preliminares do Censo Agropecuário 2017 mostram ainda que o total de estabelecimentos agrícolas nos quais o produtor é do sexo feminino subiu de 12,7% para 18,6% entre 2006 e o ano passado. A Bahia também se destaca superando a média nacional com 25,58% de mulheres dirigindo as propriedades rurais no estado. “Isso nos remete a pensar no processo de empoderamento e de autonomia das mulheres, que tem se fortalecido”, afirma a gestora da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), Célia Watanabe. Na cadeia da fruticultura, a Bahia está em primeiro lugar na produção de maracujá, cacau, coco, umbu, licuri. No que se refere à produção leiteira, há um comparativo entre 2006 a 2017, em que a produção de leite de vaca saiu de 786.891 mil litros para 844. 417 mil litros. Por fim, a produção de ovos de galinha saltou de 36 660 dúzias (2006) para 81 646 dúzias (2017).
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