Depois de o próprio vice-governador João Leão (PP) admitir que foi convidado para assumir o Ministério da Saúde, no governo do presidente Michel Temer (MDB), após o retorno do atual titular da pasta, Ricardo Barros (PP), para a Câmara dos Deputados, o governador Rui Costa (PT) apostou, anteontem, que seu aliado continuará no grupo. “Leãozinho não iria me abandonar nunca. Se ele vier a assumir um ministério, e eu torço para que ele venha, será para ser ministro durante quatro anos e não só por meia dúzia de meses”, afirmou o governador, em entrevista ao site Bahia Notícias. Leão já declarou que tem vontade de ser ministro. Na semana passada, à Tribuna, o vice-governador confirmou, também, que está recebendo diversos convites de ambos os lados e comentou a situação.“Esses caras estão me convidando, mas eu não sei se quero, não. É um negócio complexo. Primeiro: eu vou largar agora [o governo] para não ser candidato? É um negócio complicado”, disse. “Você já leu aquele livro ‘O Desejado’? É um livro que conta a história de um rei português [Dom Sebastião]. Então, estou me sentindo personagem de um livro: o desejado”. Leão analisa as opções que tem. “Tenho meus companheiros do lado de cá, que me deram o prazer de poder escolher tanto o Senado, quanto a vice-governadoria. Do outro lado, eu estou sendo o desejado”.A Tribuna, então, questionou ao progressista sobre o que ele vai fazer. Em tom de brincadeira, ele respondeu: “Se eu disser o que vou fazer, deixo de ser desejado”, enfatizou, para afirmar que “no momento certo irá se posicionar”. A informação é que a indicação de Leão para a pasta Saúde seria uma sinalização do papel-chave da legenda na Bahia para o plano nacional, o que aproximaria o grupo político do Palácio do Planalto e do Palácio Thomé de Souza.
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